Zarpamos na 6ª Feira a noite rumo a Itaparica no motor. Chegamos por volta de meia noite e pegamos a boia do Saveiro
Clube. O mar estava batendo muito, o que não proporcionou uma boa dormida.
Sábado fomos prestigiar o mingau da Dete e comprar peixe no Xato Chato,
peixaria do mercado de Itaparica. Almoçamos no barco, começou a entrar o vento,
resolvemos então dar uma velejada até Mutá. Ventos de 20 nós, ida emproado e
volta no través, Marco adorou, eu nem tanto. Durante o percurso recebemos uma
ligação da lancha Vizinhos II, que haviam perdido todas as baterias e estavam
sem socorro em Loreto. Não pudemos fazer nada, mas eles logo tiveram ajuda de
uma outra lancha. Nos encontramos mais tarde no Pier de Itaparica. A esta
altura, tanto o píer quanto o fundeio estavam lotados, motivados pelo feriado
de 2 de julho, lá encontramos os veleiros Lupo Del Mare, Mestre Branco, Yanam
entre outros. A noite de sábado para domingo a maré bateu ainda mais, e como se
não bastasse, ainda fomos despertados pelo veleiro Bravíssimo que por não ter
unhado veio ao nosso encontro batendo por várias vezes popa com proa às 2h da
manhã, após várias manobras e pancadas resolvemos largar da poita, pois provavelmente
a âncora ali estaria garrada.
Pela manhã fomos em terra comprar
mantimentos e em seguida partimos para
Ilha de Bom Jesus acompanhados pelo Lupo Del Mare, onde nos esperava uma
feijoada com a família de Mei e Michael do Brucutu, recém chegados da Alemanha.
Tudo foi muito agradável na casa da família da Dani, esposa do filho de Michael
. Encerramos o dia com petiscos e vinho a bordo do RedSea. Pela manhã fizemos um passeio pela fortaleza
e igreja de Loreto.
Saímos por volta de 10h do Pier Salvador, estava sem vento, e antes de chegar na Ribeira passamos na
Divina Pesca, onde comprei uma nova isca chamada Robalão. Joguei a linha antes
de passar do boião e não demorou nem 15´de arrasto e um peixão fisgou, tentei
puxá-lo, mas logo percebi que não era um peixe para o meu tamanho, passei o
trabalho imediatamente para o capitão, que mal pegou na linha e o peixe
trabalhou e se picou, uma pena, mais um dia da pesca. Seguimos ruma a Barra do Paraguaçu no motor.
Quando chegamos na boia da Ilha do Medo o vento soprou, levantamos os panos ,
chegando em Salinas na vela.
Como já havíamos almoçado durante
a navegada, logo que chegamos fomos fazer um reconhecimento na cidade para
assuntar como iria se desenrolar o São João.
Muitas fogueiras na frente das casas já estavam queimando, muito bonita
esta tradição aqui no interior da Bahia.
Após banho voltamos para curtir o São João, e assim que pisamos em terra
começou o dilúvio. Nossa!!! Choveu
muito, fomos nos abrigar no mercado da cidade, onde estava programada de
acontecer a festa. Lá conhecemos Vera e seus quitutes juninos. Primeiro comemos
um peixinho super fresquinho, uma delícia, depois provamos a canjica, um
verdadeiro manjar levamos bolo de aipim para o café da manhã, e acabamos indo
para o barco sem curtir a festa, pois a chuva não queria ceder. O retorno para
Ribeira foi parte na Vela e parte vela e motor, na nossa rota cruzaram 2
grandes navios (www.fleetmon.com/pt/vessels/Fedor_55023),
fazendo-nos mudar de rumo temporariamente para suas passagens.
Fim de semana legal e São João tranquilo.